Cada um com seu esporte

Cada um com seu esporte

"Nunca gostei de malhar em academia. Aquele ambiente fechado me parece monótono e depois de pouco tempo me bate uma sensação de que poderia estar fazendo algo melhor, até o cansaço bate mais rápido. Por volta de 2010, um amigo começou a pedalar e me chamou. No início, fui um pouco resistente, e até o valor das bicicletas parecia um obstáculo. Mas outros amigos aderiram e terminei cedendo.

A princípio comprei uma Mountain Bike porque seria mais generalista em relação ao terreno. Começamos a pedalar saindo de casa, em Manaíra, íamos ao circuito próximo ao Centro de Convenções e voltávamos. Na sequência, começamos a fazer pequenas trilhas, mas nada longo.

Nos fins de semana, a turma sempre esticava um pouco mais. A primeira vez que estiquei um pouco fui até as falésias da praia de Gramame, isso dava um percurso ao todo em torno de 45km. Lembro que nesse dia voltei tão cansado que nem falava.

Com pouco tempo, fui me adequando fisicamente, e essa distância já não me cansava mais, tornando-se corriqueira. Daí começa a endorfina a fazer parte de nossas vidas, nos fazendo sentir prazer em pedalar e até mesmo a sentir falta quando passamos alguns dias sem a prática de atividade.

Os pedais começaram a aumentar cada vez mais, para 50, 60, 70... 100km. Daí, o passo seguinte foi pedalar até a praia de Pipa (a 130km) por trilhas, em um grupo grande, com paradas organizadas etc. e equipe de organização (BikeTech de Pepe). Esse pedal, por ser de muitas horas, chega a ser uma dicotomia. São horas que ficamos maravilhados com as paisagens, o verde, a turma e, por outro lado, por durar muito, eu pensava: “o que estou fazendo aqui?”. Ao final, todos achamos ter valido a pena.

O passo seguinte foi a compra de uma bicicleta de ciclismo, pois diziam que, por ser mais para asfalto, daria um preparo físico melhor, porque tem mais constância em pedalar. Passando a ter minha segunda bike. Depois da bicicleta de ciclismo, iniciamos uma rotina de sair de casa e ir até Tambaba e retornar (90km), circuito que fazíamos todos os domingos.

A bicicleta tem vantagens:

• por não ter impactos, nada dói. Pode até cansar, mas doer não dói nada;

• pelo fato da velocidade ser maior que caminhar ou correr, o vento é maior, dando uma menor sensação de calor, propiciando também uma mudança do cenário com paisagens incríveis;

• consegue-se pedalar em grupo, conversar, socializar.

Para mim, pedalar é uma sensação única, de liberdade, dá vontade de reunir os amigos, parar para fazer fotos, registrar tudo, e nisso a turma do pedal é muito companheira.

Como tudo tem as duas faces, a desvantagem da bicicleta é que em viagens fica difícil transportá-la, daí vem a necessidade de caminhada e corridas como alternativas. Afinal um tênis é infinitamente mais fácil de pôr na mala".

- Guy Porto

Sócio -diretor da Massai

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